Lançamento do Festival Cultural da Resistência Popular

Teve início no dia 25 de agosto de 2019 o Festival Cultural da Resistência Popular, evento que marca o início das Celebrações do 20.0 Aniversário do Referendo e da Missão da INTERFET no município de Díli. O festival decorre até ao dia 7 de setembro no Centro de Convenções de Díli (CCD).

A cerimónia contou com o discurso de lançamento do Ministro de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, Agio Pereira e contou com a participação do Presidente do Parlamento Nacional, Arão Noé da Costa Amaral, de membros do VIII Governo Constitucional e do Parlamento Nacional, de representantes de parceiros de desenvolvimento e corpo diplomático.

Durante o Festival Cultural da Resistência Popular será exibido artesanato representativo dos 12 Municípios e da Região Administrativa Especial de Oé-Cusse Ambeno (RAEOA), uma exposição de pintura sobre o período da Consulta Popular, exposição de medicina tradicional, sessões de poesia, canto coral e concertos de música da Resistência, um filme sobre o Referendo, danças tradicionais de todo o país e a exposição “Os últimos passos da Libertação Nacional – Cronologia”.

A exposição “Os últimos passos da Libertação Nacional – Cronologia” resulta da publicação produzida pela Presidência do Conselho de Ministros, editada pela primeira vez em 2009, por ocasião da comemoração do décimo aniversário da Consulta Popular e reeditada agora pelo vigésimo aniversário do Referendo. Esta publicação relata os acontecimentos ocorridos entre maio e setembro de 1999 que resultaram na independência nacional. A impressão desta segunda edição e da exposição no CCD contou com o apoio das Nações Unidas em Timor-Leste.

O Ministro de Estado no seu discurso de abertura do evento agradeceu “à Comissão Organizadora das Celebrações do 20.0 Aniversário do Referendo e da Missão da INTERFET, o trabalho e esforço colocado na organização das Celebrações e, particularmente, deste Festival Cultural da Resistência Popular” e homenageou “a coragem e a resiliência do nosso Povo” que “expressou com determinação a sua vontade quanto à independência do território nacional”.

O Governante salientou que a Consulta Popular é “um marco da nossa história que é particularmente caro a todos os Timorenses e que fica aqui [no Festival Cultural da Resistência Popular] dignificado pela transcendência que só a arte e a cultura conseguem transmitir”. Acrescentando ainda que “a cultura e a arte não são artigos de luxo, inantigíveis, são testemunhos essenciais da nossa humanidade e da nossa história que nos identificam e nos distinguem dos demais, porém, simultaneamente, fazem-nos pertença de um todo”.

O Ministro de Estado afirmou que é “imperativo fomentar iniciativas que promovam a tolerância e a compreensão, bem como a salvaguarda do património material e imaterial da memória coletiva” e que “é com celebrações culturais e com iniciativas como esta, que não permitiremos o esquecimento e relembraremos o passado, sem o qual, não existiríamos”.

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