O Governo timorense anunciou a integração dos sistemas de planeamento de recursos do Governo (IFMIS-GRP) e de transferências automáticas, chamado “Rede Transferências iha Momento Real” (R-Timor), numa cerimónia ocorrida quinta-feira, 8 de fevereiro, no Ministério do Plano e Finanças, em Díli.
Este sistema permitirá interligar o Banco Central, o Banco Nacional do Comércio de Timor-Leste (BNCTL) e o Ministério do Plano e Finanças, automatizando os pagamentos e receitas do Estado.
Na sua intervenção, o Governador do Banco Central de Timor-Leste, Abraão de Vasconcelos, afirmou ser “um dia histórico para Timor-Leste” e que apenas outros sete países, segundo o Banco de Pagamentos Internacionais, possuíem uma ligação direta entre o sistema governamental e o sistema de pagamentos interbancários.
O Ministro do Plano e Finanças, Rui Augusto Gomes, no seu discurso, reconheceu o empenhamento total da Vice-Ministra do Plano Finanças, Sara Lobo Brites, para o sucesso desta interligação entre os sistemas tanto através do seu trabalho como Vice-Ministra como de Vice-Governadora do Banco Central.
Rui Gomes salientou ainda “os benefícios para o Estado de um sistema automatizado, seguro e credível que permitirá um processamento de pagamentos muito mais rápido de salários, empresas, transferências para idosos, veteranos e bolseiros”.
O Primeiro-Ministro, Marí Alkatiri, referiu que a interligação entre os sistemas GRP e R-Timor permite a conexão entre os sistemas de informação de três importantes entidades estatais, sendo “mais um importante passo para o desenvolvimento da administração pública e também do sistema financeiro de Timor-Leste” e para a “interação cada vez mais perfeita entre cidadãos e o Estado, possibilitando um nível crescente de eficiência no desempenho das suas importantes funções, na prestação de serviços públicos, mas também na promoção do desenvolvimento económico e social”.
Marí Alkatiri afirmou ainda que “no programa do VII Governo, o desenvolvimento do sistema financeiro faz parte de um amplo conjunto de reformas orientadas para a melhoria do ambiente de negócios e o aumento da competitividade, tendo sempre em vista a criação de uma economia diversificada e com crescimento sustentado e inclusivo”.
O Primeiro-Ministro concluíu o seu discurso referindo que “este é o caminho que temos delineado para a garantia da sustentabilidade financeira do país, para a criação de empregos, para a redução da pobreza e para a construção de uma prosperidade partilhada por todos os Timorenses”.
A cerimónia de lançamento contou com a presença de vários membros do Governo, responsáveis das entidades bancárias publicas e privadas existentes no país e representantes do setor público, financeiro e empresarial.