O Primeiro-Ministro de Timor-Leste assina carta de não objeção para o financiamento de 2 milhões de euros pelo Banco Europeu de Investimento para operações de microfinanciamento

No dia 15 de dezembro de 2017, o Primeiro-Ministro de Timor-Leste, Sua Excelência Dr. Mari Alkatiri, na presença de Sua Excelência Alexandre Leitão, Embaixador da União Europeia, assinou uma carta de não objeção para um investimento de 2 milhões de euros pelo Banco Europeu de Investimento (BEI) para a empresa de microfinanciamento Kaebauk Investimentu no Finansas (KIF).

Para cada financiamento pelo Banco Europeu de Investimento em Timor-Leste, o BEI necessita de uma carta de não objeção formal do Governo. Este procedimento foi acordado no Acordo de Cotonou, que é o acordo entre a União Europeia e o Governo de Timor-Leste. A operação em questão é um empréstimo de 2 milhões de euros a Kaebauk Investimentu no Finansas (KIF), resultante da sua sociedade-mãe Tuba Rai Metin (TRM), que, além disso, garante também a operação.

A empresa KIF obteve uma licença do Banco Central de Timor-Leste em março de 2016, tem 22 ramificações em Timor-Leste e tem considerável presença em empréstimos agrícolas e de educação. As áreas visadas são a educação, o investimento do BEI, os setores da agricultura e da habitação. Para a União Europeia, a associação com operações de microfinanciamento é muito importante, especialmente no domínio agroflorestal.

A Kif deverá atingir 58,000 mutuários durante o prazo do empréstimo do BEI, com um maior impacto:

    1. na população rural, que representa 70 % da população de Timor-Leste e que, atualmente, representa 80 % dos clientes do KIF, nomeadamente através da agricultura;
    2. a desigualdade entre homens e mulheres é também objeto de especial atenção: a base de clientes da empresa KIF é atualmente composta de 91 % de mulheres;
    3. Por último, o apoio aos jovens através de empréstimos a estudantes.

 

Na sua intervenção, o Primeiro Ministro Alkatiri sublinhou a importância de chegar às populações rurais permitindo-lhes, nomeadamente, ter acesso a financiamentos em pequena escala para melhorar os fatores de produção e equipamentos, a comercialização de produtos agrícolas e a cadeia de valor agrícola, a fim de reforçar os rendimentos rurais e os meios de subsistência. Reiterou ainda ser fundamental promover a participação das mulheres, que se espera venham a beneficiar deste novo instrumento pois ninguém melhor que elas podem compreender as dificuldades associadas ao desenvolvimento rural, e ninguém melhor que elas está preparado para contribuir para acelerar o desenvolvimento com o seu trabalho árduo e intensivo com base na experiência. O Primeiro-Ministro sublinhou ainda que o instrumento permitirá que mais jovens estudem e melhorem as suas competências, reforçando assim as  oportunidades de desenvolvimento económico.

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