“Juntos lutamos por uma vida melhor para os sobreviventes e para todo o Povo de Timor-Leste, no futuro”, é o tema do 2.° Congresso Nacional do Comité 12 de Novembro, que decorre, no Centro de Convenções de Díli, desde terça-feira. O encontro de três dias, termina hoje.
Na abertura do evento, no dia 7 de novembro, o Primeiro-Ministro, Marí Alkatiri, salientou a importância histórica do dia 12 de novembro para o país, considerando-o um “marco nacional” que “representa um enorme sacrifício feito pelos jovens Timorenses. São, sobretudo, eles que eu quero homenagear e reconhecer. É aos jovens que devemos hoje a paz, a unidade e a estabilidade nacionais”.
No dia 12 de novembro de 1991, recorde-se, centena de pessoas reuniram-se numa marcha de homenagem ao jovem Sebastião Gomes, morto em outubro do mesmo ano, até ao cemitério de Santa Cruz, em Díli, onde ocorreu um massacre.
O Presidente da República, Francisco Guterres Lú Olo homenageou, também os jovens e todos os que padeceram naquele “dia de sacrifício”, e lembrou o papel fundamental de Max Stahl, que filmou os acontecimentos, e de Saskia Kouwenberg, a jornalista que levou as imagens que foram difundidas em todo o mundo e chamaram a atenção para a situação em Timor-Leste.
O Presidente da República sublinhou a importância da união e do conhecimento para se superarem as dificuldades, e apelou ao povo e aos seus representantes eleitos, que mantenham mesmo esse espírito que guiou os que se sacrificaram, neste momento em que o povo e agora a nação, enfrentam novos desafios.
O Primeiro-Ministro reafirmou a sua confiança no Povo e salientou que cabe aos líderes políticos “procurarem vias para chegar a um consenso que garanta a paz e a estabilidade nacionais”. Marí Alkatiri recordou “que o atual Presidente da República dialogou com as várias forças políticas, e que eu próprio sempre me mostrei pronto para dialogar com todos os intervenientes políticos. Mas agora só estarei pronto para dialogar quando todos estiverem prontos para aceitar a vontade popular”.