Reformas começam a mostrar resultados em panorama económico positivo para Timor-Leste

Ministro de Estado e da Presidência do Conselho de Ministros e

 Porta-voz Oficial do Governo de Timor-Leste

Díli, 17 de novembro de 2016

 

Reformas começam a mostrar resultados em panorama económico positivo para Timor-Leste

Relatórios recentes do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional, juntamente com análises contidas na Proposta de Orçamento de Estado para 2017, identificam tendências económicas positivas de curto prazo no panorama para Timor-Leste. Baixa inflação, impacto positivo do desenvolvimento das infraestruturas e início dos benefícios derivados dos esforços de reforma do Governo são citados como fatores que contribuem para tal.

A 4 de outubro de 2016, o Banco Mundial publicou uma “Atualização económica da Ásia Oriental e Pacífico” (em Inglês: “East Asia and Pacific Economic Update”) que afirma que “Timor-Leste depara-se com um futuro radicalmente diferente do seu passado recente. Antes, um dos países do mundo mais dependentes das receitas do petróleo, poderá tornar-se num país pós-petróleo dentro de apenas cinco anos”. Sublinhando a importância de desenvolver a economia interna e apoiar a diversificação económica, o relatório observa que os “esforços do Governo de reforma estão a começar a mostrar resultados, num fluxo emergente de investimento direto estrangeiro” e afirma que para “2016 e 2017, espera-se que o crescimento interno continue a um nível semelhante aos dois últimos anos, com uma previsão de crescimento entre os 5,0% e os 5,5% respetivamente.”

O Comunicado de Imprensa do Fundo Monetário Internacional “FMI conclui visita técnica a Timor-Leste” (em Inglês: IMF Concludes Staff Visit to Timor-Leste), de 7 de novembro de 2016, afirmou que a “atividade económica em Timor-Leste está a crescer a um ritmo satisfatório e deve manter a dinâmica no próximo ano”, e continua afirmando que “as perspetivas de curto prazo permanecem de modo geral favoráveis, com uma recuperação contínua do crescimento da atividade não-petrolífera acompanhada de baixa inflação”. A equipa do FMI liderada por Yu Ching Wong afirmou também que os indicadores de solidez financeira melhoraram no sistema bancário e saudou “o progresso constante na aplicação do Plano Diretor para o Setor Financeiro destinado a aumentar a inclusão financeira e a salvaguarda a estabilidade financeira”.

O Programa do Governo reconhece que “há uma necessidade premente de diversificar a nossa economia” e que por isso se concentra na “expansão e modernização do nosso setor agrícola, na criação de um setor turístico pujante e no encorajamento de níveis superiores de atividade do setor privado, pela ativação de indústrias, incluindo o crescimento e expansão de pequenas e microempresas”. É também por isso que o Governo está a trabalhar na melhoria das infraestruturas económicas e a lidar com as dificuldades que se colocam no financiamento, na indústria e no comércio.

O projeto de Proposta de Orçamento de Estado para 2017 analisa o desempenho económico de Timor-Leste ao longo dos últimos anos e cita números finais de 2014, que mostram que o setor não-petrolífero representava 39% do Produto Interno Bruto [PIB] real de Timor-Leste e que o PIB não-petrolífero cresceu 5,9%. Mostra ainda que houve um aumento no consumo interno de 9,8% e do investimento do setor privado de 17,3%. Destaca ainda a melhoria na recolha das receitas de impostos, taxas e encargos, juros e rendimentos provenientes de organismos autónomos. As previsões para as receitas internas apontam para um aumento de 4,3% em 2017, devido a melhoramentos introduzidos nos serviços governamentais de coleta.

O Porta-Voz do Governo, Ministro de Estado Agio Pereira, “saúda o relatório do Banco Mundial e o comunicado de imprensa da equipa técnica do FMI, que apresentam um panorama económico favorável a curto prazo para Timor-Leste e reconhecem os resultados positivos da política do Governo. Continua a ser uma prioridade do Executivo promover condições para o crescimento do setor privado e a diversificação económica, através de infraestruturas económicas básicas, a redução de restrições e a aplicação de reformas que apoiem a melhoria da atividade económica”. FIM

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