O Ministério da Saúde, através da Direção Nacional de Saúde Pública, lançou o programa de distribuição de medicamentos contra os vermes da elefantíase, no posto de saúde do Cristo Rei, no Município de Díli, no dia 2 de maio de 2016.

A realização deste programa de distribuição de medicamentos foi apoiado pelo parceiro de desenvolvimento, a Child Fund. As equipas foram de porta em porta visitar cada família, num total de 241 aldeias dos 31 sucos que fazem parte no Município de Díli.

O Diretor Nacional de Saúde Pública, Pedro Canísio, informou que, segundo os dados do Ministério, 29% da população de Timor-Leste foi afetada por doenças causadas por vermes e os resultados das análises demonstram que 12,7%  provocam elefantíase.

Segundo explicou, esta doença provoca por vezes febre de três a cinco dias, e pode desaparecer sem tratamento médico. As pessoas vêem aparecer veias vermelhas e sentem dores nas coxas e axilas, que se prolongam até à ponta dos pés e das mãos. Finalmente, podem surgir inchaços grandes nos pés ou nas mãos, que depois desaparecem.

Esta doença pode ser causada por três vermes, wuchereria bancrofti, brugia malayi, e brugia timori. Os vermes podem viver no corpo durante 4 a 6 anos, espalhando-se na linfa e provocando inchaço nas pernas. Estes vermes infiltram-se no corpo das pessoas através da picada de mosquitos, como o Culex, Mansonia, Anopheles e Aedes Aegyipte [mosquitos que também espalham outras doenças, como o dengue ou a malaria].

A elefantíase aparece frequentemente nas pernas, mãos e órgãos genitais, provocam sempre inchaços grandes. Esta doença pode infetar qualquer pessoa, independentemente da idade ou sexo, e causar deformações permanentes no corpo.

A distribuição de medicamentos já terminou nos municípios da parte Leste e em Díli. Vai agora continuar nos outros Municípios e também na Região Administrativa Especial de Oecusse-Ambeno.