Ministro de Estado e da Presidência do Conselho de Ministros e
Porta-voz Oficial do Governo de Timor-Leste
Díli, 11 de abril de 2016
Reflexão sobre a Paz à luz do genocídio no Ruanda
Quinta-feira, 7 de abril, foi Dia Internacional de Reflexão sobre o Genocídio no Ruanda. Hoje, 11 de abril, o Secretário-Geral da ONU participa numa cerimónia fúnebre que conta com a presença de sobreviventes, em Nova Iorque, para lembrar as mais de 800.000 pessoas barbaramente assassinadas naquele país africano em 1994 e renovar o compromisso da Convenção sobre Genocídio, de 1948, e ”para impedir que tais atrocidades voltem, alguma vez, a acontecer em qualquer parte do mundo”.
Numa reflexão sobre o caso, em Timor-Leste, traz à superfície a nossa experiência devastadora de 24 anos de conflitos e violência, que nos permite entender bem o valor supremo da paz e a importância de uma vida digna.
Essa vivência tem marcado as prioridades da nossa intervenção no panorama internacional.
Timor-Leste foi um defensor da inclusão da Meta 16 nos novos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), definidos em 2015, que declara ser obrigação dos Estados, nos próximos 15 anos, “promover sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento sustentável, proporcionar o acesso à justiça para todos e construir instituições eficazes, responsáveis e inclusivas em todos os níveis”. O primeiro dos seus 12 objetivos associados é “reduzir significativamente, a nível global, todas as formas de violência e taxas de mortalidade relacionadas”. Timor-Leste é hoje membro do grupo de países que trabalha para conseguir a realização deste objetivo em todo o mundo.
O Porta-Voz do VI Governo Constitucional, Ministro de Estado Agio Pereira, observou que “muitos países, incluindo o nosso, passaram por dias negros, pelo que estamos conscientes da experiência do Ruanda, recordada na cerimónia de hoje. Em Timor-Leste, o povo demonstra diariamente que, com persistência, tolerância e generosidade, podemos trabalhar juntos e construir uma sociedade pacífica e digna.”