O Governo de Timor-Leste, através do Ministério da Saúde, divulgou oficialmente os primeiros resultados da sua pesquisa de 2013 sobre alimentação e nutrição. A apresentação foi feita pela Vice-Ministra e Ministra da Saúde Interina, Ana Isabel Soares, no Hotel Timor, em Díli, no dia 13 de outubro de 2015.
A pesquisa teve o apoio da UNICEF e do Governo australiano e abrangeu 9.547 famílias de 528 aldeias de todos os municípios. O objetivo foi avaliar o nível nutricional das mulheres e crianças com fator de risco de malnutrição, analisando, nomeadamente, as práticas de alimentação dos bebés e crianças, a higiene e saneamento, bem como a exposição a aflatoxinas [substâncias muito tóxicas, que podem contaminar os alimentos].
A representante da UNICEF, Desiree Jongsma, considerou que o resultado da pesquisa é simples, mas apresenta melhoramentos significativos. A tendência de declínio da desnutrição e de aumento da amamentação dos bebés [alimentação ao peito] é, certamente, uma boa notícia para as crianças de Timor-Leste.
“Para melhorar o futuro das crianças, famílias, comunidade, de toda a nação, importa expandir a parceria multissetorial e investir desde já na alimentação e nutrição das crianças e dos recém-nascidos, para que possam desenvolver-se com rapidez”, declarou a representante da UNICEF.
Na sua intervenção, a Vice-Ministra e Ministra Interina da Saúde manifestou-se orgulhosa pelo trabalho do relatório de pesquisa e agradeceu aos parceiros, em nome do Governo de Timor-Leste, nomeadamente à UNICEF e ao Governo australiano. Agradeceu também à equipa da Southeast Asian Ministers of Education Organization – Regional Centre for Food and Nutrition (SEAMEO-RECFON), que esteve igualmente presente em todo o processo.
Segundo Ana Isabel Soares, o resultado da pesquisa vai ter continuidade no plano de realização do programa de nutrição, com a criação de uma base de dados de acompanhamento dos progressos. A iniciativa do Governo visa melhorar a situação da nutrição em Timor-Leste: “Este relatório foi submetido à reunião do Conselho de Ministros, que recomendou a realização de um estudo interministerial, para identificar as fontes e níveis de aflatoxinas na alimentação e criar um plano de ação para minimizar a exposição a este perigo.”