Roberto Soares no debate aberto do Conselho de Segurança das Nações Unidas

O Vice-Ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Timor-Leste, Roberto Soares, falou num debate aberto subordinado ao tema ”A manutenção da paz e da segurança internacionais: desafios da paz e da segurança, enfrentados pelos pequenos Estados insulares”. O debate decorreu no Conselho de Segurança das Nações Unidas, em Nova Iorque, no dia 30 de Julho de 2015.

Acompanharam Roberto Soares a Embaixadora Plenipotenciária junto das Nações Unidas, Sofia Borges, o Diretor  para a Organização das Nações Unidas, Licínio Branco, e o segundo Secretário da Missão Permanente de Timor-Leste em Nova Iorque, Almerio Vieira.

O Vice-Ministro transmitiu aos membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas e às demais delegações informações sobre o desenvolvimento registado por Timor-Leste em vários setores.

Manifestou, em especial, o seu orgulho pelo facto de Timor-Leste, enquanto Nação soberana , não constar desde dezembro de 2012 na agenda e preocupações do Conselho de Segurança. Isso demonstra a vontade da liderança e a determinação do povo timorense em viver numa via de paz e prosperidade.

“Agradecemos à comunidade internacional e às Nações Unidas os êxitos que alcançámos. Em nome do povo de Timor-Leste, aproveito esta oportunidade para manifestar a nossa profunda gratidão a Sua Excelência o Secretário-Geral das Nações Unidas, Bang Ki-Moon, pelo seu envolvimento pessoal e empenho no nosso processo de construção da paz e do Estado”, afirmou Roberto Soares.

Sobre a questão das mudanças climáticas, o Vice-Ministro considerou-a potencialmente impeditiva do desenvolvimento, tendo contribuído para aumentar a tensão e conflitos a nível mundial. Torna-se, assim, de primordial importância conjugar esforços para combater tais ameaças, através de uma coordenação a nível mundial.

Referiu ainda a distribuição equitativa das receitas pelas populações como um fator da maior importância para a segurança global. Timor-Leste orgulha-se de ser um país que tem estado sempre na linha da frente quando se trata da gestão de recursos naturais.

Os demais oradores, provenientes de pequenos Estados insulares, também manifestaram a sua opinião de que crimes transnacionais, exploração ilícita de recursos, mudança climática, desastres naturais e outros fatores que ameaçam as pequenas ilhas devem ser encarados globalmente e no contexto da estabilidade internacional.

O Secretário-Geral da ONU considerou as questões colocadas pelos pequenos Estados insulares como um desafio global que tem que ser enfrentado como uma responsabilidade coletiva.

No que respeita à questão das fronteiras marítimas, Roberto Soares reiterou aos membros do Conselho de Segurança a importância dada pelo Governo de Timor-Leste aos princípios fundamentais das Convenções das Nações Unidas relativamente ao Direito do Mar, que traçam as suas fronteiras marítimas e a soberania do país dentro delas: “Timor-Leste, como país marítimo, baseia-se nessa confiança e respeito pelo Direito Internacional e procura soluções pacíficas para as disputas internacionais, num quadro e com recurso aos mecanismos multilaterais.”

O debate aberto foi dirigido pela Nova Zelândia, que ocupou a presidência do Conselho de Segurança das Nações Unidas durante o mês de Julho, e contou com a participação de mais de 70 oradores.

A partir de um documento preparado pela delegação da Nova Zelândia, as Nações Unidas classificaram 52 países como Estados de pequenas ilhas, dos quais 37 são seus Estados-membros.

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