Este foi o tema escolhido pela Secretaria de Estado da Comunicação Social (SECOMS) que organizou um seminário internacional, no dia 14 de agosto, em Díli, e que contou com a presença de oradores nacionais e internacionais.
Para falar dos desafios e das oportunidades inerentes à criação de uma Agência de Notícias em Timor-Leste (ANTL) foram convidados nacionais o ex-Primeiro-Ministro de Timor-Leste, Mari Alkatiri e o ex-Presidente da República, José Ramos-Horta. Como oradores internacionais, o seminário contou com Rahmat Nasution Dahlan, Diretor Executivo da ANTARA (Agência de Notícias da Indonésia), Rogério Gomes, Vice-Administrador da LUSA (Agência de Notícias de Portugal), e ainda com António Sampaio, jornalista correspondente da LUSA.
Na sessão de abertura, o Secretário de Estado da Comunicação Social, Nélio Isaac Sarmento, realçou o objetivo deste seminário: “procurar ideias para estabelecer a agência de notícias com o intuito de promover a diversidade de informação e a coesão nacional em prol do desenvolvimento da nação”.
Nélio Isaac Sarmento falou, também, da necessidade de formação dos recursos humanos e da importância do testemunho das agências de notícias, com as quais já existe uma parceria, mas também do testemunho de grandes individualidades nacionais pelo papel importante que em tempos tiveram na “agência de notícias clandestina” e, atualmente, pela forma como encorajam as gerações a ter espírito crítico.
Falando sobre a importância de uma agência de notícias num país da ASEAN, o Diretor Executivo da ANTARA, Rahmat Nasution Dahlan, referiu que “uma agência de notícias faz parte das necessidades de uma nação. Para o Governo, é um veículo credível, para a população é uma fonte segura de informação”.
Mari Alkatiri por sua vez, e abordando a relação da agência de notícias com o interesse nacional, falou do “crescimento da democracia para consolidar o Estado e de como a comunicação social deve saber acompanhar essa evolução” sem esquecer o “reforço do sentido crítico com maior objetividade e o profissionalismo, que são os dois alicerces principais para ter uma informação credível e que ajuda a resolver problemas ao invés de os criar”.
Sobre o seu funcionamento, Rogério Gomes clarificou “que uma agência vende serviços e que cabe ao órgão de comunicação social tratar editorialmente a notícia, tendo a confiança de que a informação é rigorosa e objetiva”.
Na segunda metade deste seminário falou, ainda, José Ramos-Horta sobre a “importância da agência de notícias no fortalecimento das relações diplomáticas entre os países”, e o jornalista correspondente da LUSA, António Sampaio, sobre algumas experiências como jornalista de uma agência de notícias.
O seminário contou com a presença de jornalistas de vários órgãos de comunicação social, que participaram ativamente num debate no final de cada sessão e cujo objetivo era contribuir para uma perspetiva mais esclarecedora acerca da importância da criação de uma agência de notícias em Timor-Leste.