“Desenvolvimento para todos: acabar com os conflitos, construir os Estados e erradicar a pobreza!”

Este é o tema da Conferência Internacional sobre a Agenda de Desenvolvimento pós-2015 que teve oficialmente início hoje, dia 27 de Fevereiro, no Centro de Convenções de Díli, e que conta com a presença de mais de 48 nações e 200 participantes, fazendo desta a maior conferência que a capital de Timor-Leste já acolheu.

A organização do evento coube ao Governo de Timor-Leste em estreita colaboração com a Comissão Económica e Social das Nações Unidas para a Ásia e Pacífico (UNESCAP), da AusAID, do Instituto de Políticas Públicas do Pacífico (PiPP) e do g7+.

A conferência visa proporcionar a oportunidade de pôr em contacto os principais interessados para trocarem experiências, promover a fraternidade entre os membros do g7+, dos países das Ilhas do Pacífico e dos parceiros de desenvolvimento.

Harmonizar ideias e construir um entendimento, uma confiança e um consenso para as acções de interesse comuns para a Agenda de Desenvolvimento pós-2015 é, também, o objectivo.

O discurso do Primeiro-Ministro Kay Rala Xanana Gusmão abriu a conferência, seguido de uma vídeo mensagem do Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, e dos discursos do Presidente da República do Kiribati, Anote Tong, do Enviado Especial do Presidente da República da Indonésia, Kuntoro Mangkusubroto e da Subsecretária-Geral das Nações Unidas e Secretária Executiva da UNESCAP, Noeleen Heyzer.

O Primeiro-Ministro Xanana Gusmão começou, naturalmente, por falar dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio que “lançados no ano 2000, ajudaram-nos no caminho rumo ao desenvolvimento, porém alguns países – muitos dos países mais pobres do mundo – ficaram para trás”.

Ao mesmo tempo que referiu a importância de perceber quais foram os obstáculos, e quais podem ser as soluções, partilhou que “o que aprendemos em Timor-Leste, com a nossa experiência, é que não é possível alcançar o desenvolvimento sem segurança e sem paz”.

Por sua vez, os oradores mencionaram nos respectivos discursos, e de uma forma geral, o que entendem ser os obstáculos e as apostas para um desenvolvimento para todos.

O Presidente da República do Kiribati falou sobretudo das crises financeiras, dos desastres naturais, da segurança alimentar e das alterações climáticas.

Kuntoro Mangkusubroto, da Indonésia, reforçou o papel da paz, segurança e justiça, referiu a participação pública como fundamental assim como o investimento em recursos humanos, a luta contra a corrupção e a confiança entre a comunidade internacional e o povo.

A última oradora deste painel de abertura foi Noeleen Heyzer que, além de partilhar das ideias dos anteriores intervenientes, acrescentou ainda a boa governação, a gestão responsável dos recursos naturais, as parcerias regionais e globais, as instituições responsáveis por uma boa prestação de serviços. Segundo a Subsecretária-Geral das Nações Unidas e Secretária Executiva da UNESCAP, estas são condições que permitem um “futuro justo para todos, inclusivo e sustentável e isso deve ser o centro dos nossos esforços em prol do desenvolvimento”.

Durante a tarde a conferência continuou com cinco sessões, a decorrerem em paralelo, sobre vários temas e cujos resultados serão dados a conhecer no início do segundo dia deste evento, na sessão plenária do dia 28 de Fevereiro, quinta-feira, que é também o dia de encerramento desta Conferência Internacional sobre a Agenda de Desenvolvimento pós-2015.

 

Para ver as fotos deste primeiro dia, clique aqui.

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