“Sem Oe-Cusse Ambeno, não existiria Timor-Leste”

Qua. 01 de setembro de 2010, 14:54h
Macassar_PORTAL

O Primeiro-Ministro, Kay Rala Xanana Gusmão, afirmou que: “Sem Oe-Cusse Ambeno não existiria Timor-Leste”. A afirmação foi feita durante uma reflexão sobre a História da Nação e da resistência, aquando da consulta sobre o Plano Estratégico de Desenvolvimento Nacional (PEDN) no sub-distrito de Pante Macassar, do distrito de Oe-Cusse Ambeno, a 14 de Agosto.

O líder do IV Governo Constitucional fez saber que, no tempo em que lutava no mato, lhe foi dirigida uma carta a partir de Oe-Cusse Ambeno, que manifestava a vontade da população local em manter-se firme na luta contra a ocupação. Esta determinação fez, de resto, com que Oe-Cusse Ambeno não ficasse para trás na reorganização da resistência. No que respeita à preocupação sentida pela comunidade pelo facto de António Aitahan Matak pertencer ao Conselho Popular pela Defesa da República Democrática de Timor-Leste (CPD-RDTL) e à Comissão de Homenagem, o Primeiro-Ministro esclareceu que só a Comissão de Homenagem sustenta princípios de legalidade para procurar soluções para a questão dos veteranos.

O Administrador do sub-distrito de Pante Makassar, os líderes comunitários, o representante da Igreja, a sociedade civil, os empresários e os jovens apresentaram ao Primeiro-Ministro e comitiva, as suas preocupações e necessidades para a região. Destacam-se as preocupações relativamente ao estado precário das infra-estruturas básicas em geral, ao mau estado das estradas em particular, à necessidade de construção das pontes e fixação das redes junto ao leito das ribeiras. Foi, ainda, solicitada a canalização de água potável, a instalação de electricidade e linhas de telecomunicação, a construção de habitação para os mais carenciados, a reparação de dados sobre os idosos e deficientes, o apoio à promoção da Igualdade, a criação de centros de formação para os jovens, a atribuição de subsídios para a reabilitação da Igreja local e ajuda para o desenvolvimento de pequenas indústrias.

Na resposta, o Chefe do Executivo afirmou que, “quando queremos um desenvolvimento com sucesso, precisamos de ter infra-estruturas fortes a nível nacional, incluindo estradas, electricidade, telecomunicação, aeroporto, porto e infra-estruturas urbanas. O quadro político até 2020 há-de garantir a qualidade das Infra-estruturas de Timor-Leste, a nível nacional, até ao final desta década. Sobre a electricidade em Timor-Leste, estamos a desenvolver uma rede eléctrica moderna, capaz de fornecer todo o território nacional, com um mínimo de um Gigawatts, que deverá ficar instalada até 2020. Esta rede de distribuição fornecerá energia a todos os distritos, para além de outros recursos, como gás natural. A electrificação das comunidades mais isoladas pode ser feita através de tecnologia não incluída na rede: energia solar e eólica, biogás, energia hidroeléctrica e outras opções, de acordo com o que for mais apropriado”.

Participaram nesta consulta sobre o PEDN, em Pante Macassar, o Secretário de Estado da Agricultura e Arboricultura, Marcos da Cruz, o Secretário de Estado das Obras Públicas, Domingos Caeiro, o Secretário de Estado da Electricidade, Água e Urbanização, Januário Pereira, o Secretário de Estado da Cultura, Virgílio Smith, o Secretário de Estado da Pecuária, Valentino Varela, e o Embaixador de Portugal, Luís Barreira de Sousa.

 

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