Apesar de independente, o Povo sente que faltam boas condições de vida

Seg. 02 de agosto de 2010, 17:09h
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O sub-distrito de Fohorém, no distrito de Covalima, foi o local escolhido pelo Primeiro-Ministro, no passado dia 20 de Julho, para fazer a consulta sobre o Plano Estratégico de Desenvolvimento Nacional (PEDN).

Antes da apresentação pelo Primeiro-Ministro do PEDN, o Administrador do sub-distrito de Fohorém, Carlos Carvalho, apresentou-o geograficamente. Começou pelo número de Sucos, num total de 4 (respectivamente Dato rua, Dato tolu, Laktos e Fohorém vila), conta com 4.730 habitantes, a 48 Km de distância do Suai e a 248 Km de Díli. Em termos de produtos agrícolas, Fohorém conta com os produtos das hortas e várzeas, os arrozais, as plantações de café, o camim (árvore oleaginosa timorense cujas sementes são comestíveis), o sândalo e o coco entre outros. A criação de cavalos, búfalos, vacas, caprinos e suínos é a principal ocupação da comunidade de Fohorém que também se dedica à agricultura. Assim sendo, a criação de cooperativas, a compra do produto local e o aumento dos trabalhadores agrícolas devem ser considerados uma necessidade primordial do sub-distrito.

O Administrador acrescentou, ainda, que “a população de Fohorém, todos os anos e devido aos desastres naturais, tem necessidade de produtos alimentares. As más condições das estradas dificultam o acesso às mesmas pela população, assim como a falta de energia eléctrica”. Carlos Carvalho referiu também que para acelerar o desenvolvimento do país, de modo a alcançar o objectivo nacional, é necessário um bom Plano Estratégico de Desenvolvimento Nacional.

Em resposta às dificuldades apresentadas, Kay Rala Xanana Gusmão, indicou que “se o Estado foi constituído pelo Povo, cabe-lhe zelar por este, por mais dificuldades que tenha passado durante o processo de desenvolvimento. O Estado continua a exercer esse papel e essa responsabilidade, com vista a ajudar o Povo, a assegurar a independência, embora saiba que ainda lhes falta boas condições de vida”. O Chefe do Governo acrescentou que durante 24 anos o Povo sofreu e que ainda hoje continua a sofrer mas “os sacrifícios que eles fizeram, levaram à independência de hoje”.

Xanana Gusmão reconheceu ainda que “muito embora o processo de desenvolvimento nacional tenha tido algumas falhas, o essencial é o dinamismo, ainda que lento, mas sempre firmes e resolutos, nesta caminhada para a concretização do sonho, e um dia o Povo beneficiará do fruto deste empenho através do melhoramento das estruturas básicas”.

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