Estabilidade Alimentar

Ter. 30 de março de 2010, 00:01h
Ministro-do-Turismo-Comercio-e-Industria_Gil-Alves 03

Por ser a base alimentar da população, o arroz é um bem precioso em Timor-Leste.

Desde a tomada de posse do IV Governo Constitucional que não existe instabilidade alimentar em Timor-Leste, e isto graças à intervenção directa do Governo. Até Agosto de 2007 o preço do arroz chegou a atingir preços bastante elevados, tornando difícil o seu acesso à população mais carenciada. Perante esta evidência, o Governo decidiu agir numa dupla vertente: garantir a segurança alimentar e baixar o preço do arroz através de um subsídio governamental.

“Claro que há problemas internos de capacidade dos recursos humanos na gestão do armazém, na distribuição, mas isso temos que encarar a realidade, faz parte do crescimento de Timor. Mas desde Agosto de 2007 que não há instabilidade alimentar. Desde que este Governo tomou posse, nunca mais houve porque conseguimos sempre antecipar que as necessidades básicas do País sejam satisfeitas” afirma o Ministro do Turismo Comércio e Indústria, responsável pela gestão do arroz no País. Gil Alves lembra a situação que se chegou a viver anteriormente: “Em 2006 chegou a haver uma crise por causa da falta de arroz. Houve arrombos, distúrbios e assaltos aos armazéns do Governo, por causa da falta de arroz no mercado”.

Depois desta intervenção do Governo, em 2007, o preço do arroz, que rondava os 19 dólares por saca de 35 quilos, estabilizou nos 12 dólares. “E com a subida do preço do arroz, em 2008, ficou ainda mais justificada esta nossa intervenção”, explicou o Ministro Gil Alves.

Feitas as contas, o Governo subsidia mais de 60 por cento de cada saca de arroz. “Só em Díli, sem custos de transporte, cada saca custaria cerca de 25 dólares. Neste momento o Governo está a fazer um grande esforço orçamental para que o povo possa ter acesso ao arroz”.

Reduzir a dependência externa

A forma mais eficaz de ultrapassar esta questão do fornecimento de arroz no País, é aumentar a produção interna, explicou, ainda, o Ministro do Turismo Comércio e Indústria: “Subiu de 2008 para 2009, subiu bastante a compra de arroz local por parte do Governo. Em 2008 só conseguimos comprar 700 toneladas, ao passo que em 2009 chegamos a comprar, arroz já limpo, cerca de 2.000 mil toneladas, mais do dobro de produção. Mesmo assim não chega. Quando já tivermos a produção ao nível de dar resposta às necessidades e até mesmo excesso de produção, e quando a capacidade de compra do povo aumentar, aí é que podemos começar a deixar de intervir nesta área. Enquanto for assim, enquanto dependermos da importação de arroz e enquanto a capacidade de compra do povo for baixa, a nossa intervenção é mesmo necessária, para evitar crises como a de 2006”.

   Topo