Taxa de mortalidade materna reduzida em mais de 75% em Timor-Leste, desde 1990

Ministro de Estado e da Presidência do Conselho de Ministros e

 Porta-voz Oficial do Governo de Timor-Leste

Díli, 16 de novembro de 2015

Taxa de mortalidade materna reduzida em mais de 75% em Timor-Leste, desde 1990

Timor-Leste é um de apenas nove países em que se estima que a taxa de mortalidade materna [TMM] tenha reduzido mais de 75%, desde 1990: estes dados foram revelados num relatório das Nações Unidas, publicado na semana passada na prestigiada revista médica The Lancet.

Em 2015, o último ano de apresentação do relatório dos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio [ODM], o Grupo Interagências das Nações Unidas para a Estimativas sobre Mortalidade Materna "avaliou exaustivamente a TMM de 183 países", que resultam numa "primeira visão abrangente do progresso que foi feito no sentido de reduzir a TMM, de 1990 a 2015, em todo o mundo, a nível regional e em cada país".

Agruparam os noventa e cinco países com mais elevada taxa de mortalidade materna em 1990 [com mais de 100 mortes de mães por 100.000 nascimentos] em quatro categorias, com base nos resultados registados no período em consideração. A meta número 5 - “melhorar a saúde materna" - tinha dois objetivos associados, sendo o primeiro: "Reduzir a taxa de mortalidade materna em três quartos , entre 1990 e 2015".

O relatório agora publicado naquela revista de referência para a classe médica internacional constatou que "a maior redução da TMM ocorreu nos nove países da categoria 1 (Butão, Cabo Verde, Camboja, Irão, Laos, Maldivas, Mongólia, Ruanda e Timor-Leste), para os quais a estimativa de redução entre 1990 e 2015 sugere que a meta 5 dos ODM, de 75%, foi atingida."

No mundo inteiro, estima-se que a TMM caiu 43,9% durante aquele período, o que significa que, apesar de a meta ter sido atingida nos 9 países em que se inclui Timor-Leste, não o foi a nível global.

Os programas governamentais de Timor-Leste concentraram-se no reforço dos recursos humanos na área da saúde materna e na garantia de que as unidades de saúde fossem devidamente equipadas. Além disso, o Governo tem conduzido  ações de sensibilização para as questões de saúde materna, melhoramento do estado nutricional das mães e capacitação dos serviços de planeamento familiar.

O Porta-Voz do VI Governo Constitucional, Ministro de Estado Agio Pereira, observou que "este recente relatório é um estímulo e demonstra que o nosso país está a fazer  progressos significativos no sentido de reduzir o que era anteriormente uma das mais altas taxas de mortalidade materna em todo o mundo. É motivo para ser celebrado e um incentivo a prosseguir esforços para melhorar. Há desafios que permanecem. Os esforços no sentido de elevar os nossos padrões, melhorar a nossa formação, alargar os nossos programas de ensino e ampliar o acesso aos serviços devem continuar implacavelmente, para garantirmos que estamos a fazer o nosso melhor para cuidar das nossas mães e bebés."

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